terça-feira, 10 de dezembro de 2013

SNOWBOARDING - M - SLOPESTYLE


O Slopestyle é uma prova do Snowboarding em que o principal objetivo é executar as mais difíceis manobras durante saltos de grandes amplitudes com a realização de manobras variadas ao invés de executar uma grande manobra repetidamente. O Slopestyle é um dos mais populares eventos dos X Games de Inverno. Tornou-se uma prova olímpica e será disputada nos Jogos pela primeira vez em 2014, em Sochi, Rússia.
O Slopestyle é realizado em trilhas especialmente feitas em montanhas de esqui. Essas trilhas são conhecidas como “Terrain Parks” ou “Jib Parks”, e são complementados com vários tipos de saltos e outros obstáculos. O principal objetivo do competidor é utilizar todos esses aparatos a seu favor enquanto realiza sua apresentação. Dentre os obstáculos encontrados há o salto, ou kicker. Os saltos num percurso de slopestyle podem ser grandes ou pequenos, conforme a necessidade, mas a maioria fica entre 20 e 80 pés de comprimento (6 a 24 metros). A medida é feita a partir do final da tomada do salto, todo o percurso, até o tipo de aterrissagem. Outro obstáculo dos percursos são os trilhos, que podem ser de variados tipos e tamanhos, desde os retos e longos até aqueles em formato de arco-íris. Os trilhos exigem um grande cuidado já que devem ser encerados de forma que o competidor não sofra quedas quando iniciam a manobra nos mesmos. O competidor procura realizar as manobras realizar as manobras no trilho e fora dele, em combinação com o deslizamento por toda sua extensão. Além do trilho, há outro obstáculo chamado caixa, que é uma caixa de madeira ou metal colocada na montanha onde seu topo é coberto com material escorregadio, o que permite ao competidor realizar sua manobra sobre a caixa e retornar à neve. Embora estes sejam os obstáculos mais populares, há outros que podem ser colocados no percurso, como barris presos na neve, falésias, joy sticks, no qual uma esfera é colocada no topo de uma vara. Também há paredes quase verticais nas quais os competidores sobem e descem em giro.
O percurso do Slopestyle deve ter um mínimo de 30 metros de largura e deve ter um mínimo de 100m e máximo de 200m de inclinação vertical. O percurso deverá ter um mínimo de 3 e um máximo de 6 tipos de obstáculos diferentes e não poderá favorecer competidores regulares ou estúpidos enquanto fornece aos competidores a oportunidade para mostrar suas habilidades e talentos no estilo livre. A distância entre os obstáculos deverá permitir uma transição e performance suaves. O percurso deve ser planejado de forma a exigir um tempo de apresentação mínima de mais de 20 segundos, e permitir que homens e mulheres o utilizem. O percurso ideal é aquele que se mostra tecnicamente desafiante com uma ampla variedade e equilíbrio de obstáculos em diversas combinações. A área de largada deve ser plana e ampla o suficiente para os competidores se prepararem para a competição e para os técnicos, delegação e equipes de media trabalharem. A área de chegada deve ser planejada tanto ampla quanto profunda de forma a fornecer aos competidores um encerramento seguro para sua apresentação. O percurso total deve ser visível da área de julgamento.
A corrida de classificação é apartada da competição de slopestyle. Os resultados oficiais da classificação determinam os competidores classificados para as finais. Geralmente o número de competidores classificados para as finais são um máximo de 24 homens e 12 mulheres. Os competidores classificados só terão seu ranking final a partir do seu resultado obtido na final. Nas finais de sessão aberta os competidores podem iniciar suas apresentações em ordem aleatória e todos os competidores possuem um tempo limite de 1 hora para utilizar o percurso tanto quanto desejarem até estourar o limite de tempo. Somente a melhor pontuação alcançada pelo competidor contará para o ranking final. Desempates levarão em conta a segunda melhor apresentação dos competidores envolvidos.
Todos os árbitros deverão avaliar a corrida do começo ao fim com uma precisão geral. Os árbitros julgarão a precisão da apresentação em relação às manobras tentadas, individualmente e em sequência. A composição geral da corrida é muito importante conforme os árbitros avaliam as sequências de manobras, a quantidade de riscos da rotina, e como o competidor utiliza o percurso. Os árbitros anotam quedas, erros e paradas e podem reduzir até 20% dos pontos da corrida para cada queda ou parada.
Para a impressão geral, o árbitro deverá considerar a amplitude, que não é considerada apenas ir alto, mas também saber aterrissar. Além disso, os competidores deve apresentar boa amplitude, já que uma grande amplitude ou pequena amplitude pode ser arriscado dependendo do tipo de movimento. A energia com que se apresentam nos trilhos também pode ser considerada para efeito de amplitude. Já a execução exige que o competidor mantenha o controle durante toda a corrida, do começo ao fim, com estabilidade e fluidez. Em manobras com rotação a mesma deverá ser realizada num movimento único, com ritmo constante do começo ao fim, deverá parecer fácil. No quesito variedade, o competidor deve estar atento para ele quando inicia a corrida, já que o mesmo é um fator decisivo m sua apresentação. Deve conjugar movimentos de costas, de frente, laterais, longitudinais, tomadas e aterrissagens. As pegadas de prancha também devem ser variadas. Já com relação à progressão, o competidor será incentivado a realizar movimentos nunca feitos anteriormente, de forma a contribuir para a evolução do esporte. As combinações exigem que o competidor consiga utilizar o percurso de uma forma adequada às exigências do mesmo. Já com relação ao quesito consideração, o árbitro deve ter uma comunicação mais próxima com competidores e treinadores, de forma a compreender o grau de dificuldade das manobras numa perspectiva dos atletas. Além disso, os congressos técnicos trabalham de forma mais detalhada esta questão.

DEDUÇÃO DE PONTOS

Erros menores como corpo instável durante as aterrissagens, pequenos toques de mãos, usar as mãos para ganhar estabilidade e outras instabilidades podem resultar numa redução de 1 a 5 pontos. Já os erros médios, como leves toques nos reversos, pesados toques com as mãos, contato do corpo com a neve podem resultar numa redução de 6 a 15 pontos. Erros maiores como toques nas descidas, quedas, e quedas completas poderão resultar em redução de 16 a 20 pontos. A redução é tomada do placar que seria dado ao competidor com uma correta aterrissagem nas manobras.

Cada árbitro utiliza um sistema de placar com máximo 100 pontos. Ou seja, cada árbitro poderá dar um máximo de 100 pontos para um competidor, sendo que a pontuação final será uma média das notas conseguidas na corrida, considerando até a casa decimal.

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