sábado, 29 de junho de 2013

PATINAÇÃO DE VELOCIDADE - HISTÓRICO E GENERALIDADES




DEFINIÇÃO. A Patinação de Velocidade é uma forma competitiva de patinar no gelo em que os competidores competem um contra o outro, em patins e distâncias determinadas. Nos Jogos Olímpicos há duas formas de patinação de velocidade, a disputada em pista longa, conhecida popularmente como "Speed Skating", e a em pista curta, conhecida como "Short Track". A União Internacional de Patinação se refere à patinação em pista longa como "patinação de velocidade" e à patinação em pista curta como "Patinação em pista curta".

HISTÓRICO. A origem da Patinação no gelo está na necessidade do homem em transpor lagos, rios, riachos, canais congelados durante os duríssimos períodos de rigoroso inverno. Os primeiros patins utilizavam osso polido como forma de lâmina para deslizar no gelo. Posteriormente, as lâminas passaram a ser feitas de madeira e finalmente o metal passou a ser utilizado com esta finalidade.

 

EVOLUÇÃO NO TEMPO

Época
Fato
Por volta do ano 1.000
Nativos da Escandinávia, norte da Europa e da Holanda acoplaram ossos aos seus sapatos e passaram a deslizar sobre rios, canais e lagos congelados, como forma de transporte
1592
Um escocês desenhou um patim com lâmina de ferro, o que contribuiu para um maior desenvolvimento da patinação de velocidade
1642
A mais antiga evidência escrita de uma competição esportiva em patins é encontrada na Escócia, nos registros do clube de Patinação de Edimburgo
1763
O registro mais antigo de competições de patinação de Velocidade, que ocorreram entre equipes de cidades britânicas
1801
Primeira competições femininas organizadas em Gronningen
1850
Na América do Norte a patinação de Velocidade começa a se popularizar e também ocorre o desenvolvimento da lâmina de aço, que era mais leve e com melhor formato
Segunda Metade do Século 19
Competições masculinas de patinação de velocidade se tornaram eventos esportivos regulares. Os primeiros astros do esporte eram britânicos que competiam em corridas de apostas e também realizavam exibições profissionais
1860-1870
Foram criados vários clubes de patinação amadora, que acabaram contribuindo para que se diminuísse a diferença de habilidade entre os patinadores amadores e os profissionais
1889
Organização do Primeiro Campeonato Mundial, não oficial, em Amsterdã, Holanda
1892
Criação da União Internacional de Patinação, na Holanda
1893
Organização do Primeiro Campeonato Mundial Oficial, em Amsterdã, Holanda
1914
A Patinação de Velocidade foi incluída no Programa Olímpico para os Jogos de 1916, que seriam disputados em Berlim, Alemanha, mas a eclosão da Primeira Guerra Mundial provocou seu cancelamento
1924
A Patinação de Velocidade foi incluída no Programa Olímpico da Primeira edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, disputada em Chammonix, França. Foram disputadas 5 provas: 500m, 1500m, 5000m, 10000m e combinado de 4 provas
1932
Nos Jogos Olímpicos de 1932, em Lake Placid, EUA, as competições apresentaram largada conjunta, em massa, formato que favoreceu os norte-americanos mas prejudicou os europeus, que protestaram na Federação Internacional. Competições femininas nas distâncias de 500m, 1000m e 1500m foram organizadas como provas de exibição, sem valer medalha oficial
1933
Realização do Primeiro Campeonato Mundial Feminino, não oficial, em Oslo, Noruega
1936
Realização do Primeiro Campeonato Mundial feminino oficial, em Estocolmo, Suécia
1939
Foi aprovada a inclusão de provas femininas nos Jogos Olímpicos, o que contou com o apoio e influência de muitos Comitês Olímpicos Nacionais. Porém, a eclosão da Segunda Guerra Mundial acabou adiando a estreia feminina e o processo teve que ser refeito
1953 e 1955
Rejeição da inclusão de provas femininas no programa olímpico
1956
Em Melbourne, na Austrália, na Sessão do Comitê Olímpico Internacional, finalmente foi aprovada a inclusão de provas femininas de patinação de velocidade no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno
1960
Em Squaw Valley, nos EUA, pela primeira vez na história as mulheres competem oficialmente nos Jogos Olímpicos na Patinação de Velocidade. Competem em 4 provas: 500m, 1000m, 1500m e 3000m.
1976
A prova masculina de 1000m é incluída no programa olímpico
1988
A prova feminina de 5000m ingressa no programa olímpico, em Calgary, Canadá
2006
As competições masculina e feminina por equipes estréiam no programa olímpico, em Turim, Itália



REGRAS BÁSICAS

O principal objetivo na prova de Patinação de Velocidade é patinar o mais rápido possível, numa disputa mais com o relógio do que propriamente contra os demais competidores. Os patinadores competem em duplas, um contra o outro e, exceto na prova de 500m, realizam uma única corrida, devendo colocar toda sua energia para registrar seu melhor tempo, independentemente do patinador que está competindo com ele na mesma corrida, pois seu tempo será confrontado com os dos demais patinadores para a determinação do vencedor da prova, que ocorrerá depois de realizadas todas as corridas eliminatórias. Na verdade há apenas uma fase de disputa e o termo eliminação é mais apropriado para se referir aos que vão saindo fora da zona de medalha durante a realização da prova. Na prova de 500m são realizadas duas corridas num mesmo dia, sendo que o patinador inicia competindo na raia interna numa e na externa na outra. Vence a prova o competidor que obtiver a menor soma de tempos. 
A pista de Patinação de Velocidade possui um formato oval e com comprimento total de 400m, sendo que as retas possuem 111,43m de comprimento e as duas curvas possuem 180°. A chegada se encontra no meio da reta para a prova de 1.000m, nas demais é no final da reta. As curvas apresentam um raio de 26m e 180°. Em Jogos olímpicos a pista deve seguir os padrões da Federação Internacional, apresentando uma raia para aquecimento, com 4 metros de largura, bem como estar protegida do vento e do clima.
O início e o fim da reta oposta são claramente marcados de forma que o patinador fique consciente da área em que a mudança de raia deverá ocorrer. Em outras palavras, o local de passagem é a reta entre o fim da curva e o início da próxima curva. Os patinadores devem mudar de raia toda vez que passam pela reta oposta, de forma que possam percorrer a mesma distância. Assim, a vantagem da pista interna é dada alternadamente e um espaço é deixado aberto entre as pistas em um ponto para os patinadores trocarem de raia. Os patinadores na raia externa possuem direito de passagem no cruzamento em relação ao que está na raia interna. Um patinador não pode obstruir o outro, correndo risco de desclassificação. Se ocorrer uma colisão durante a mudança de raia, o patinador da raia interna é considerado responsável, exceto em casos de clara obstrução. Cada raia mede de 4 a 5 metros de largura, sendo que a interna mede 4m e a externa não pode ser menor do que 4m. As faixas da pista longa são marcadas com linhas pintadas e blocos móveis de borracha ou madeira. A distância de um bloco ao outro é de 50 cm nos primeiros e últimos 15 metros de pista e de 1 metro no resto. Os patinadores podem tocar nos blocos que marcam as curvas, mas não podem patinar por dentro deles. Interferir no trajeto do oponente ou patinar fora da faixa é motivo para eliminação. Dependendo da prova, os patinadores realizam a largada em pontos diferentes da pista. Os competidores são separados conforme o ranking mundial, formando 4 grupos. Dentro destes grupos, haverá 8 patinadores que serão colocados em duplas conforme sorteio. O grupo com patinadores com pior ranqueamento inciam a competição e os de melhor ranqueamento finalizam a mesma.
As competições por equipes devem ser realizadas após o término das disputas individuais. Nelas ocorre um sistema de eliminação em que a última corrida é para determinar as medalhas de ouro e de prata. Como são 8 equipes, a competição se inicia já nas quartas-de-finais, e as duplas são determinadas conforme ranqueamento. A equipe 3 enfrenta a 5 ou 6, assim como a equipe 4. Já as equipes com ranqueamento 1 e 2 poderão enfrentar as com ranqueamento 7 ou 8. Os vencedores das quartas-de-finais seguem para as semifinais, e tudo segue de forma que o primeiro e segundo colocados do ranking mundial, se não perderam, cheguem à disputa da medalha de ouro. O tempo do terceiro componente da equipe a ter cruzado a linha de chegada é o determinante do resultado da equipe. Só há uma raia para a competição, diferentemente das disputas individuais, e a largada ocorre com cada equipe num lado da pista. Em todas as provas, individual ou por equipe, o percurso é realizado no sentido anti-horário.



Número de competidores nos Jogos Olímpicos

Prova
Total geral
Total CON
Prova
Total geral
Total CON
500m-F
36
4
3000m-F
28
3
500m-M
40
4
5000m-M
28
3
1000m-F
36
4
5000m-F
16
3
1000m-M
40
4
10000m-M
16
3
1500m-F
36
4
Equipe-F
8x4
1x4
1500m-M
40
4
Equipe-M
8x4
1x4


EQUIPAMENTO

Os patinadores vestem luvas e uniformes apertados e aerodinâmicos, em peça única, inclusive com toucas. As roupas são confeccionadas de forma a diminuir a resistência do ar. O competidor que inicia na raia de fora utiliza uma bandagem vermelha no braço enquanto o da raia interna utiliza uma bandagem branca.
As lâminas dos patins dos patinadores de velocidade são mais compridas do que as dos patinadores artísticos e jogadores de hóquei, atingindo até 46 centímetros de comprimento. A bota não deve ir acima da linha do tornozelo para permitir uma maior flexibilidade de movimento. A lâmina possui expessura de apenas 1 milímetro.
Por volta de 1997 passaram a ser utilizados novos tipos de patins, chamados  “slapskates”, em que os calcanhares não são ligados às lâminas, o que permitiu que as mesmas se mantivessem por mais tempo em contato com o gelo durante a passada, aumentando o impulso. Quando o patinador ergue o pé do solo, a lâmina se retrata pela ação de uma mola, fechando a abertura.




TÉCNICA

Os patinadores possuem pernas extremamente poderosas que os ajudam a ganhar o máximo impulso, mas também devem utilizar vigorosos movimentos de braços e se inclinar para o lado de dentro da pista nas curvas para combater a força centrífuga que os empurraria para fora da pista. Nas retas devem realizar os movimentos de braços para o lado da perna dianteira cujo pé está em contato com o gelo, alternando o movimento. 



domingo, 23 de junho de 2013

ESQUI ALPINO - F - COMBINADO ALPINO


Campeonatos Mundiais

2011 - Garmisch-Partenkirchen - 07 a 20 de Fevereiro

Posição
País
Atleta
Tempo
Diferença
1
AUT
Anna Fenninger
2:43.23
0.0
2
ESL
Tina Maze
2:43.32
+0.09
3
SUE
Anja Pärson
2:43.50
+0.27
4
SUI
Dominique Gisin
2:43.90
+0.67
5
AUT
Elisabeth Görgl
2:44.12
+0.89
6
SUI
Denise Feierabend
2:44.51
+1.28
7
EUA
Julia Mancuso
2:44.56
+1.33
8
ITA
Johanna Schnarf
2:44.59
+1.36

2013 - Schladming, Áustria - 4 a 17 de Fevereiro

Posição
País
Atleta
Tempo
Diferença
1
ALE
Maria Höfl-Riesch
2:39.92
0.0
2
ESL
Tina Maze
2:40.38
+0.46
3
AUT
Nicole Hosp
2:40.92
+1.00
4
AUT
Michaela Kirchgasser
2:41.56
+1.64
5
AUT
Kathrin Zettel
2:41.71
+1.79
6
AUT
Elisabeth Görgl
2:42.24
+2.32
7
ITA
Sofia Goggia
2:42.69
+2.77
8
EUA
Julia Mancuso
2:43.25
+3.33

Resumo

Ano
Ouro
Prata
Bronze
2011
AUT - Anna Fenninger
ESL - Tina Maze
SUE - Anja Pärson
2013
ALE - Maria Höfl-Riesch
ESL - Tina Maze
AUT - Nicole Hosp

Quadro de medalhas

País
Total
Ouro
Prata
Bronze
NP
Áustria
2
1
-
1
2
Eslovênia
2
-
2
-
2
Alemanha
1
1
-
-
1
Suécia
1
-
-
1
1
Total
6
2
2
2
2

Copa do Mundo

2013

Posição
País
Atleta
Pontuação
1
ESL
Tina Maze
200
2
AUT
Nicole Hosp
160
3
AUT
Michaela Kirchgasser
120
4
SUI
Lara Gut
77
4
CAN
Marie-Michèle Gagnon
77


Os campeonatos mundiais de 2011 e 2013 tiveram apenas 4 países dividindo entre si as 6 medalhas distribuídas. A Áustria foi o país com melhor resultado ao somar um total de 2 medalhas, 1 de ouro, conquistada em 2011, e 1 de bronze, obtida em 2013. A Eslovênia veio logo a seguir, também com 2 medalhas, mas ambas de prata, cada uma obtida em um ano. A Alemanha, com sua vitória no mundial de 2013, ficou com uma medalha de ouro, sendo seguida pela Suécia, que acabou com a medalha de bronze do mundial de 2011. Individualmente, a eslovena Tina Maze é uma das principais candidatas à medalha de ouro olímpica em 2014, em Sochi. Maze ficou com as medalhas de prata dos mundiais de 2011 e 2013 e ainda assegurou a primeira posição na Copa do Mundo de 2013. Sua principal rival talvez seja a alemã Maria Höfl-Riesch, campeã mundial em 2013. Porém, as austríacas Nicole Hosp, que em 2013 foi medalhista de bronze no campeonato mundial e segunda colocada na Copa do Mundo, e Anna Fenninger, campeã mundial em 2011, poderão chegar ao pódio. Além delas, a Áustria ainda possui outras grandes competidoras, como Michaela Kirchgasser, terceira colocada na Copa do Mundo em 2013, Elisabeth Görgl e Kathrin Zettel. Os EUA possuem chances remotas de pódio com Julia Mancuso, enquanto a Suíça tentará uma medalha com Lara Gut, quarta colocada na Copa do Mundo de 2013. A Suécia talvez possa contar com a veterana Anja Pärson, bronze no mundial de 2011, e o Canadá apostará em Marie-Michèle Gagnon, quarta colocada na Copa do Mundo de 2013.