ORIGEM
O esqui mais velho conhecido foi
encontrado em turfeiras em Umea, Suécia, datado de 2500 A.C. Um petrogrifo da
Idade da Pedra, em Rodoy, Noruega, datado de 5000 A.C., mostra um esquiador,
indicando que, pelo menos há 7.000 anos os seres humanos já se utilizavam de
esquis. Os esquis eram utilizados apenas para saltos e corridas de
cross-country. Porém, para enfrentar os íngremes declives europeus, os
esquiadores tiveram que desenvolver esquis mais largos para descerem em
segurança e desenvolveram diferentes formas de utilizar suas varas e novas
técnicas de desvios para superar os terrenos verticais das altas montanhas. Os
britânicos começaram a popularizar a prática nos alpes, na Europa Central, no
final do século XIX, originando o esqui alpino.
O Esqui Alpino é um esporte em que
o principal objetivo é deslizar por um percurso inclinado, montanhoso, coberto
de neve, desviando dos chamados portões e cumprir o trajeto no menor tempo
possível. É um esporte popular em países onde há neve, montanhas com encostas e
uma infra-estrutura turística capaz de transportar os praticantes para os topos
das montanhas. O conceito básico da modalidade é seguir a força da gravidade e
descer a montanha na linha de queda. Porém, o esquiador deve utilizar técnicas
que lhe permitam contornar o trajeto e para isso realiza inversões nos
movimentos dos esquis adotando um trajeto mais perpendicular à linha de queda,
diminuindo a velocidade e realizando mudanças de direção para contornar os
portões. Ele vai cruzando a montanha ao invés de simplesmente descê-la. O Esqui
Alpino engloba um total de 5 provas diferentes no programa olímpico: eslalom,
eslalom gigante, eslalom super gigante, downhill e combinado alpino. No
combinado alpino o esquiador realiza descidas no downhill e no eslalom, somando
os tempos posteriormente. O Esqui Alpino ingressou nos Jogos Olímpicos em 1936, na edição de Garmischen-Partenkirchen, Alemanha.
EVOLUÇÃO NO TEMPO
Época
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Fato
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5.000 A.C.
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Petrogrifo
encontrado em Rodoy, Noruega, mostra um esquiador.
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2.500
A.C.
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Encontrado
o mais velho esqui conhecido, em Umea, Suécia
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1850
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Europeus
já começam a descer montanhas utilizando esquis
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Fim do
Século XIX e início do Século XX
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Os britânicos
começam a popularizar a descida de esquis nos alpes e originam o esqui
alpino. Henry Lunn, um agente de viagens, fundou escolas de esportes alpinos
e, utilizando seus conhecimentos acerca do turismo, seduziu os britânicos da
elite, influenciando-os a adotar os alpes suíços. O esporte obteve uma maior
evolução, tornando-se mais popular, quando, já no início do século XX, o
desenvolvimento de torres e teleféricos permitiu que os esquiadores não
precisassem mais escalar as montanhas antes de suas descidas.
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1911
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Lunn
organiza a primeira competição de downhill, o desafio Roberts de Kandahar, na
atual Crans-montana, Suíça.
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1922
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Arnold
Lunn organiza a primeira disputa de eslalom moderno, em Murren, Suíça.
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1935
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O Comitê
Olímpico Internacional decide que os instrutores de esqui não seriam
permitidos nos Jogos Olímpicos porque conseguiam dinheiro através do esporte,
o que lhes retirava a condição de verdadeiros amadores.
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1936
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O esqui
alpino ingressa nos Jogos Olímpicos de Garmischen-Partenkirchen, Alemanha,
apenas com a prova combinada, para homens e mulheres. A Federação
Internacional de Esqui decide que as competições de esqui seriam retiradas
dos Jogos Olímpicos se suas próprias regras internacionais não fossem
adotadas nos Jogos Olímpicos de 1940.
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1938
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O COI
decide seguir com os Jogos de 1940, mas sem competições de Esqui. Entretanto,
a Guerra Mundial cancela o evento.
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1946
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17
nações, numa conferência da Federação Internacional de Esqui, revelam seu
desejo de participar dos Jogos de 1948,
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1948
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Provas de
downhill e eslalom, para homens e mulheres, ingressam no programa olímpico,
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1952
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Competições
de eslalom gigante, para homens e mulheres, ingressam no programa olímpico,
em Oslo, Noruega. As provas de combinado alpino saem do programa.
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1972
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Na sessão
do COI em Munique, o Presidente da organização, Avery Brundage, crítico do
esqui alpino, deseja que a modalidade saia do programa olímpico em virtude do
seu profissionalismo.
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1988
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A prova
de combinado alpino volta a fazer parte do programa olímpico, enquanto a de
eslalom super-gigante faz sua estréia, na ocasião dos Jogos Olímpicos de
Calgary, Canadá.
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REGRAS
Os eventos de Esqui Alpino são
realizados nos alpes onde o percurso é elaborado para testar a velocidade e a
agilidade dos esquiadores, mas com maior ênfase num ou noutro aspecto. Os
percursos em que a velocidade é fundamental são longos, largos e envolvem
poucas manobras e desvios. Já os percursos que envolvem habilidades técnicas em
desviar e uma boa técnica com os pés, são curtos e possuem vários "portões"
formados por varas com bandeiras. Os competidores devem esquiar e desviar dos
obstáclos, num percurso pré-determinado. Se passar por um deles, sem desviar, o
competidor é eliminado. São cinco os eventos para homens e mulheres, sendo o
eslalom e o eslalom gigante considerados eventos técnicos, enquanto o eslalom
supergigante e o downhill, eventos de velocidade. Há também o combinado alpino,
que inclui a disputa do eslalom supergigante ou do downhill combinada com a de
eslalom.
DOWNHILL.
É a prova mais valorizada pelos esquiadores. É um duríssimo teste de
velocidade, força física e concentração. No percurso a velocidade do esquiador
pode chegar a 130 km/h. A distância geralmente é de 2.400m a 3.200m. A
inclinação é de 800m a 1.100m de altura. O percurso feminino é de 1.600m a
2.400m de distância, com largura de cerca de 30 metros, e a inclinação é de
450m a 800m. O percurso inclui longas retas, menos portões do que nos eventos
de eslalom, sendo de 30 a 35 para homens e 25 a 30 para mulheres. Há ainda
lombadas que fazem o esquiador voar de 10m a 30m. Na final, cada competidor
realiza apenas uma descida. O esquiador, no downhill, passa a maior parte do
tempo na posição agachada para diminuir a resistência do vento e ganhar
velocidade. Os esquis geralmente são mais longos, medindo de 210 a 220 cm para
os homens e de 200 a 215 cm para as mulheres.
ESLALOM SUPER GIGANTE. O percurso é
mais curto do que o do downhill e há um maior número de portões para melhor
testar a habilidade técnica. Há aproximadamente de 35 a 45 portões nas provas
masculinas e de 30 a 40 na prova feminina. Os esquiadores chegam a atingir
quase 100 km/h. Dependendo do percurso, uma corrida no eslalom supergigante
dura de 1:15 a 1:40 minutos. A inclinação vertical está em 400m a 650m para os
homens e de 400 a 600m para as mulheres, sendo que a largura do percurso é de
30 metros. Na final é disputada apenas uma corrida. Os esquis medem de 205 a
212 cm para os homens e de 200 a 210 cm para as mulheres.
ESLALOM GIGANTE. Afirma-se que este
seja o mais puro dos eventos de esqui alpino porque é o que melhor balanceia velocidade
e técnica. O percurso é um pouco mais curto do que o de eslalom supergigante.
Há cerca de 30 a 67 portões para os homens e 30 a 60 para as mulheres. A
velocidade atingida chega a quase 90 km/h. A inclinação vertical é de 300 a
450m para homens e de 300 a 400m para mulheres, sendo de aproximadamente 40
metros a largura do percurso. Ao contrário do downhill e do eslalom
supergigante, exige duas corridas na final e os tempos obtidos são somados.
Vence o menor tempo combinado. Os esquis medem de 200 a 207 cm para os homens e
de 193 a 203 cm para as mulheres.
ESLALOM. É considerado o evento que
melhor testa a agilidade, os reflexos rápidos e as habilidades técnicas, com os
portões colocados em rápida sucessão. A velocidade atingida é de cerca de 40
km/h. Uma corrida dura de 45 a 50 segundos. O número de portões é de 55 a 75
para os homens e de 45 a 65 para mulheres. Na final, cada esquiador faz duas
diferentes corridas e os tempos são somados, sendo declarado vencedor o
esquiador com o menor tempo combinado. A inclinação vertical é de 180m a 220m
para homens e 140m a 220m para mulheres, sendo de 40 metros, aproximadamente, a
largura do percurso. A distância entre os portões que devem ser contornados
deve ficar entre 6 e 12 metros. Os esquis medem de 195 a 205 cm para homens e
185 a 204 cm para mulheres.
COMBINADO ALPINO. É uma prova em que se combina uma corrida
de downhill ou eslalom super gigante com uma de eslalom realizadas conforme as
regras individuais de cada uma. Consiste de duas corridas, sendo necessária, se
possível, a realização de ambas num mesmo dia.
Os
esquis utilizados nas provas alpinas são mais largos que os do esqui de fundo,
menores no meio e mais amplos nas pontas. As bordas de metal são afiadas,
possibilitando aos esquiadores trinchar viradas na neve. Os esquis são lisos na
parte inferior e os esquiadores devem estudar que tipo de cera utilizar de
acordo com a situação climática. As varas utilizadas pelos esquiadores devem
ser aerodinamicamente curvadas para o downhill e o eslalom supergigante,
enquanto, para o eslalom e o eslalom gigante, são retas. Os esquiadores devem
vestir roupas justas, aerodinâmicas e acolchoadas, óculos, capacete e botas
rígidas, com revestimento interno, e cobrindo o tornozelo e a canela. Os competidores
das provas mais técnicas, eslalom e eslalom gigante, utilizam protetores nos
cotovelos, joelhos e braços, para não se machucarem no contato com as
varas.
EVOLUÇÃO DO MATERIAL
O
Esqui Alpino surgiu de uma variação do esqui e no início as botas utilizadas
eram apropriadas aos dois estilos, principalmente pela necessidade que os
esquiadores tinham de percorrer as distâncias e a fazer escaladas para atingir
os topos das montanhas, pois não havia a disponibilidade de teleféricos. Nos
anos 1930 foi intorduzida uma ligação conhecida como "Kandahar" que
permitia o bloqueio do calcanhar para se realizar a descida alpina.
Nos anos 50
houve uma grande incidência de esquiadores com pernas quebradas e o Dr, Richard
Spademan criou uma ligação que ficou conhecida como Spademan, que permitia o
esqui sair quando virasse para o lado. Em 1950, Howard Head introduziu o padrão
Head de esqui, que conjugava o alumínio com a madeira e permitia que o esqui
ficasse mais preso à neve, facilitando as manobras. Nos anos 1960 os metais
foram substituídos por fibras de vidro o que melhorou sua elasticidade e tornou
as colisões mais leves. Várias mudanças ocorreram nas décadas seguintes, com
esquis de fibra de vidro, botas de plástico até o joelho dentre outras. A constante
evolução do material tem permitido uma maior segurança no esporte.
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