PATINAÇÃO ARTÍSTICA – M – INDIVIDUAL
A Patinação Artística integra o
programa olímpico mesmo antes da criação dos Jogos Olímpicos de Inverno. A
modalidade esteve presente nos Jogos Olímpicos de Verão em 1908, em Londres,
Reino Unido, e em 1920, na Antuérpia, na Bélgica. A prova individual masculina
vem sendo disputada desde então. Nela, os competidores disputam o programa
curto e o programa livre e as soma dos pontos resulta no vencedor. Os
patinadores realizam vários tipos de movimentos, conhecidos como Axel, saltos
com as pontas dos pés, com a parte interna dos patins, giros, giros sentados
sob um dos pés, dentre outros. A distribuição de medalhas na modalidade tem
sido reflexo das mudanças que ocorreram entre os países que se alternaram na
liderança da prova. Os europeus foram hegemônicos até os anos 1940, época em
que os norte-americanos também passaram a se destacar, mas retomaram seu
domínio de 1964 a 1980. Porém, nos anos 80, os norte-americanos voltaram a
dominar a prova mas tiveram que se curvar diante dos soviéticos e,
posteriormente, dos russos, que dominaram a prova de 1992 a 2006. Em 2010, os
Estados Unidos voltaram a vencer a prova e se confirmaram como a grande
potência mundial. Os Estados Unidos lideram de forma absoluta o quadro de
medalhas olímpico, com um total de 15 medalhas, incluindo 7 de ouro, conquistadas
em 12 edições dos Jogos Olímpicos. Os norte-americanos foram campeões de 1948 a
1960, voltaram a vencer em 1984 e 1988 e, depois de 22 anos sem vitórias,
venceram mais uma vez em 2010. Seu melhor desempenho ocorreu em 1956, quando
ficaram com todas as 3 medalhas da prova. A Áustria, graças aos seus grandes
resultados de 1924 a 1968, coloca-se na segunda posição, com um total de 8
medalhas, incluindo 3 de ouro. O país venceu a prova nos Jogos de 1932, 1936 e
1968. O Canadá ocupa a terceira posição no quadro de medalhas da prova, também com 8 medalhas, mas nunca conseguiu a de ouro. De 1984
a 1998 obteve 4 das 5 medalhas de prata em disputa. Depois do Canadá, aparece a
Suécia, com um total de 7 medalhas, 4 de ouro. Seus resultados são produto de
sua atuação no período de desenvolvimento da modalidade, já que desde 1936 não
consegue obter medalha. Suas vitórias ocorreram de 1908 a 1928. A Rússia se
coloca na quinta posição no quadro de medalhas, com um total de 6. Porém, é o
oposto da Suécia, pois seu grande período de conquistas ocorreu nos tempos
atuais. O país soma 4 medalhas de ouro, todas conquistadas de 1994 a 2006.
Porém, em 2010, limitou-se apenas à medalha de prata. A Rússia herdou parte da
tradição da antiga União Soviética, que ainda estava se firmando como força da
prova. A França ocupa a sexta posição no quadro geral, com um total de 5
medalhas. Assim como o Canadá, ainda não obteve medalha de ouro e, pior ainda,
de suas medalhas, apenas 1 foi de prata, o resto das conquistas foi de medalhas de bronze. Depois da França aparece a antiga
União Soviética, com um total de 4 medalhas, 1 de ouro. Sua única vitória ocorreu em
1992, em Albertville, quando competiu sob bandeira olímpica e com o nome de
Comunidade de Estados Independentes. Como curiosidade, cumpre mencionar que seu
medalhista de ouro não era da Rússia, mas sim da Ucrânia. A Tchecoslováquia
também somou 4 medalhas, 1 de ouro. Sua única vitória ocorreu em 1972. Dos
demais países medalhistas convém mencionar o Reino Unido, que obteve 2 medalhas
de ouro consecutivas, com vitórias em 1976 e 1980. Aliás, suas únicas medalhas.
Países medalhistas
ANO
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
1908
|
SUE
|
SUE
|
SUE
|
1920
|
SUE
|
NOR
|
NOR
|
1924
|
SUE
|
AUT
|
SUI
|
1928
|
SUE
|
AUT
|
BEL
|
1932
|
AUT
|
SUE
|
CAN
|
1936
|
AUT
|
ALE
|
AUT
|
1948
|
EUA
|
SUI
|
AUT
|
1952
|
EUA
|
AUT
|
EUA
|
1956
|
EUA
|
EUA
|
EUA
|
1960
|
EUA
|
TCH
|
CAN
|
1964
|
ALE
|
FRA
|
EUA
|
1968
|
AUT
|
EUA
|
FRA
|
1972
|
TCH
|
SOV
|
FRA
|
1976
|
RUN
|
SOV
|
CAN
|
1980
|
RUN
|
RDA
|
EUA
|
1984
|
EUA
|
CAN
|
TCH
|
1988
|
EUA
|
CAN
|
SOV
|
1992
|
SOV
|
EUA
|
TCH
|
1994
|
RUS
|
CAN
|
FRA
|
1998
|
RUS
|
CAN
|
FRA
|
2002
|
RUS
|
RUS
|
EUA
|
2006
|
RUS
|
SUI
|
CAN
|
2010
|
EUA
|
RUS
|
JAP
|
Quadro
de medalhas
PAÍS
|
TOTAL
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
NJO
|
EUA
|
15
|
7
|
3
|
5
|
12
|
Áustria
|
8
|
3
|
3
|
2
|
7
|
Canadá
|
8
|
-
|
4
|
4
|
8
|
Suécia
|
7
|
4
|
2
|
1
|
5
|
Rússia
|
6
|
4
|
2
|
-
|
5
|
França
|
5
|
-
|
1
|
4
|
5
|
URSS
|
4
|
1
|
2
|
1
|
4
|
Tchecoslováquia
|
4
|
1
|
1
|
2
|
4
|
Suíça
|
3
|
-
|
2
|
1
|
3
|
Reino Unido
|
2
|
2
|
-
|
-
|
2
|
Alemanha
|
2
|
1
|
1
|
-
|
2
|
Noruega
|
2
|
-
|
1
|
1
|
1
|
RDA
|
1
|
-
|
1
|
-
|
1
|
Bélgica
|
1
|
-
|
-
|
1
|
1
|
Japão
|
1
|
-
|
-
|
1
|
1
|
TOTAL
|
69
|
23
|
23
|
23
|
23
|
Atletas medalhistas
A prova de individual masculina
de Patinação Artística apresenta vários competidores que alcançaram o pódio em
mais de uma ocasião. Porém, o grande nome da prova é o sueco Gillis Grafström,
que conquistou nada menos do que 3 medalhas olímpicas, todas elas de ouro, em
virtude de suas vitórias nos Jogos Olímpicos de 1920, 1924 e 1928. Depois dele,
somente o russo Evgeni Plushenko conseguiu chegar 3 vezes ao pódio. Plushenko
obteve medalhas de prata em 2002 e 2010 e se sagrou campeão olímpico em 2006.
Depois dos dois campeões, o quadro de medalhistas apresenta o austríaco Karl
Schäfer e o norte-americano Dick Button, que conquistaram 2 medalhas olímpicas
de ouro cada um. Schäfer sagrou-se campeão olímpico em 1932 e 1936, enquanto
Button fez o mesmo em 1948 e 1952. Depois do fracasso de Plushenko nos Jogos de
2010, quando perdeu para o norte-americano Evan Lysacek por pontuação mínima, o
mesmo cogitava participar dos Jogos de 2014, em Sochi, na Rússia, em busca de
uma quarta medalha olímpica. Entretanto, Plushenko ficou fora do circuito
internacional de competições, principalmente por causa de contusões. Retornou com força este ano mas ficou em segundo lugar no campeonato russo. Até mesmo por causa de sua ausência, a Rússia obteve apenas uma vaga para a competição individual em Sochi-2014. Dificilmente estará nos Jogos Olímpicos que serão
realizados em seu país.
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