A patinação de velocidade feminina estreiou nos Jogos olímpicos
como esporte oficial em 1960, em Squaw Valley, nos EUA. Na prova, os
competidores largam em duplas, no início da reta de chegada e cumprem uma volta
na pista, completando a prova no final da reta de chegada, totalizando 500m. Até
os Jogos Olímpicos de 1994 a prova de 500m era disputada com apenas uma
corrida, mas a partir de 1998, nos Jogos de Nagano, Japão, a Federação
Internacional adotou o critério das suas corridas, de forma que cada competidor
tivesse condições de igualdade com os demais, iniciando a disputa uma vez na
raia interna e outra na externa. O resultado da prova passou a ser determinado
pela soma dos tempos obtidos. Os Estados Unidos são o país com melhor
desempenho olímpico, somando um total de 10 medalhas, 5 delas de ouro, chegando
ao pódio em 8 edições dos Jogos. Venceram de forma seguida nos anos 70, em 1972
e 1976, e tiveram um período vitorioso com Bonnie Blair de 1988 a 1994. A
antiga União Soviética também somou um total de 10 medalhas, 2 de ouro, no
período que competiu de 1960 a 1988. Aliás, durante sua existência, foi o país
com melhor desempenho olímpico. Mas seu grande sucesso ocorreu nos anos 60,
quando venceu as disputas de 1964 e 1968. Após seu fim, a Rússia ainda
conseguiu obter a medalha de ouro em 2006. A Alemanha aparece num distante
terceiro lugar, com 6 medalhas, 1 de ouro. No caso, estamos computando as
medalhas da Alemanha unificada e da antiga Alemanha Ocidental como de um único
país. Porém, se fossem consideradas as medalhas da Alemanha Oriental, a
Alemanha, como um todo, ostentaria a liderança no quadro geral, com 11 medalhas
no total. O Canadá se encontra na quarta posição, com um total de 5 medalhas, 2
de ouro. Viveu seu melhor período de 1994 a 2002, quando obteve 4 de suas
medalhas, inclusive as 2 de ouro. A Alemanha Oriental, em seu curto período de
existência, de 1968 a 1988, também somou 5 medalhas, 2 de ouro, ocupando,
atualmente, o quinto lugar no quadro geral. Todas as suas medalhas foram
obtidas nos anos 80. Se continuasse no ritmo em que esteve nas suas primeiras
conquistas, certamente seria a líder mundial da prova nos dias atuais. Depois
da Alemanha Oriental, surge a China, com 4 medalhas, mas nenhuma de ouro. O
país tem se firmado como uma força da prova nos últimos anos e necessita
quebrar o tabu de ainda não ter obtido uma medalha de ouro. A Coreia do Sul,
que obteve sua primeira medalha em 2010, com a vitória na prova, poderá evoluir
bastante, principalmente por ser a futura sede dos Jogos de Inverno em 2018, em
Pyeongchang. Curiosamente, a Holanda, potência na Patinação de Velocidade,
ainda não conquistou nenhuma medalha nesta distância.
Países medalhistas
ANO
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
1960
|
ALE
|
SOV
|
EUA
|
1964
|
SOV
|
SOV
|
SOV
|
1968
|
SOV
|
EUA – EUA – EUA
|
-
|
1972
|
EUA
|
SOV
|
SOV
|
1976
|
EUA
|
CAN
|
SOV
|
1980
|
RDA
|
EUA
|
SOV
|
1984
|
RDA
|
RDA
|
SOV
|
1988
|
EUA
|
RDA
|
RDA
|
1992
|
EUA
|
CHN
|
ALE
|
1994
|
EUA
|
CAN
|
ALE
|
1998
|
CAN
|
CAN
|
JAP
|
2002
|
CAN
|
ALE
|
ALE
|
2006
|
RUS
|
CHN
|
CHN
|
2010
|
COS
|
ALE
|
CHN
|
Quadro de medalhas
PAÍS
|
TOTAL
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
NJO
|
EUA
|
10
|
5
|
4
|
1
|
8
|
URSS
|
10
|
2
|
3
|
5
|
7
|
Alemanha
|
6
|
1
|
2
|
3
|
5
|
Canadá
|
5
|
2
|
3
|
-
|
4
|
RDA
|
5
|
2
|
2
|
1
|
3
|
China
|
4
|
-
|
2
|
2
|
3
|
Coreia do Sul
|
1
|
1
|
-
|
-
|
1
|
Rússia
|
1
|
1
|
-
|
-
|
1
|
Japão
|
1
|
-
|
-
|
1
|
1
|
TOTAL
|
43
|
14
|
16
|
13
|
14
|
Atletas medalhistas
ANO
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
1960 - Squaw Valley, EUA
|
|||
1964 - Innsbruck, AUT
|
|||
1968 - Grenoble, FRA
|
Não concedida
|
||
1972 - Sapporo, JAP
|
|||
1976 - Innsbruck, AUT
|
|||
1980 - Lake Placid, EUA
|
|||
1984 - Sarajevo, IUG
|
|||
1988 - Calgary, CAN
|
|||
1992 - Albertville, FRA
|
|||
1994 - Lillehammer, NOR
|
|||
1998 - Nagano, JAP
|
|||
2002 - Salt Lake City, EUA
|
|||
2006 - Turim, ITA
|
|||
2010 - Vancouver, CAN
|
A
prova de 500m na patinação de velocidade feminina tem apresentado alguns bons
exemplos de longevidade vitoriosa. O número de competidoras com mais de um
pódio não é alto, sendo que um total de 6 patinadoras conseguiram obter mais de
uma medalha. Porém, nada menos do que 3 delas chegaram ao pódio 3 vezes
consecutivas. A norte-americana Bonnie Blair é o maior nome do mundo na
distância, com um total de 3 medalhas olímpicas de ouro. Foi campeã em 1988,
1992 e 1994. Em 1988, inclusive, bateu as poderosíssimas alemãs-orientais e
depois manteve-se no primeiro lugar nas duas edições seguintes dos Jogos, ainda
acrescentando nelas medalhas de ouro na distância de 1.000m. A alemã-oriental
Karin Enke-Kania também obteve 3 medalhas, mas foi descendo uma posição no
pódio a cada edição olímpica, obtendo a medalha de ouro em 1980, a de prata em
1984 e a de bronze em 1988. Sua compatriota Christa Luding-Röthenburg seguiu o
mesmo modelo, com 3 medalhas, sendo a de ouro em 1984, a de prata em 1988 e a
de bronze em 1992. A canadense Catriona Le May Doan aparece em quarto lugar,
com 2 medalhas de ouro. Foi campeã em 1998 e 2002 depois da hegemonia de Bonnie
Blair por 3 Jogos Olímpicos. A soviética Lyudmila Titova, com 2 medalhas, 1 de
ouro e 1 de bronze, é a melhor representante da antiga potência. Titova
sagrou-se campeã em 1968, num ano em que a Patinação de Velocidade soviética
começou a sofrer um grande declínio, e medalhista de bronze em 1972. A
canadense Susan Auch, com 2 medalhas de prata, encerra a lista de competidoras
que chegaram ao pódio em mais de uma ocasião. Auch, curiosamente, perdeu para
Blair em 1994 e para Le May Doan em 1998.
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