A
prova feminina de 3.000m ingressou no programa olímpico já em 1960, em Squaw Valley,
EUA, na estreia da Patinação de Velocidade feminina em Jogos Olímpicos. A
distância é exclusiva para as mulheres e foi a maior distância disputada por
elas até os Jogos de 1984. A partir de 1988, houve o ingresso da competição de
5.000m. A competidora realiza a largada no final da reta oposta, realiza 7
voltas no percurso e completa a prova no final da reta de chegada. A Holanda é
o país com melhor desempenho olímpico, com um total de 8 medalhas, 4 delas de
ouro. Foi campeã em 1968 e 1972, depois alcançou a vitória novamente em 1988,
diante das poderosas alemãs-orientais, e por fim em 2006. O país alterna
excelentes participações com completas ausências no pódio, conforme demonstra o
fato de ter obtido medalha em apenas 5 dos 14 Jogos Olímpicos disputados. Em
segundo lugar, numa disputa acirrada com a Holanda, encontra-se a Alemanha, que
também soma 8 medalhas, mas 3 de ouro. Assim como a Holanda, o país chegou ao
pódio em Jogos Olímpicos em 5 ocasiões. Porém, suas medalhas foram todas
conquistadas a partir de 1992, quando o país foi unificado e o mesmo só não
chegou ao pódio nos Jogos de 2006. A antiga Alemanha Ocidental não obteve
qualquer medalha na disputa. Curiosamente, em terceiro lugar encontra-se a
antiga e extinta Alemanha Oriental, a RDA, que somou 7 medalhas, 1 de ouro,
enquanto competiu nos Jogos Olímpicos com bandeira própria. A partir da
unificação alemã, suas poderosas atletas passaram a defender a Alemanha. Na
verdade as alemãs demonstram um grande superioridade em relação às holandesas
nesta prova, já que somam um total de 15 medalhas, 4 de ouro, contra 8
medalhas, 4 de ouro, das holandesas. Em quarto lugar encontra-se outro país que
já foi extinto, a antiga União Soviética, que contabiliza um total de 5
medalhas, nada menos do que 3 delas de ouro, conquistadas no período de grande
domínio soviético na modalidade. O Canadá se coloca na quinta posição, com
apenas 3 medalhas, todas de bronze. Curioso notar que as holandesas, as alemãs
e as antigas soviéticas, considerando a medalha de ouro russa de 1994, possuem
4 vitórias olímpicas cada uma. Os EUA se limitam a apenas 2 medalhas, nenhuma
de ouro.
Países
medalhistas
ANO
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
1960
|
SOV
|
SOV
|
FIN
|
1964
|
SOV
|
CON – SOV
|
-
|
1968
|
HOL
|
FIN
|
HOL
|
1972
|
HOL
|
EUA
|
HOL
|
1976
|
SOV
|
RDA
|
NOR
|
1980
|
NOR
|
RDA
|
EUA
|
1984
|
RDA
|
RDA
|
RDA
|
1988
|
HOL
|
RDA
|
RDA
|
1992
|
ALE
|
ALE
|
AUT
|
1994
|
RUS
|
AUT
|
ALE
|
1998
|
ALE
|
ALE
|
ALE
|
2002
|
ALE
|
HOL
|
CAN
|
2006
|
HOL
|
HOL
|
CAN
|
2010
|
RTC
|
ALE
|
CAN
|
Quadro de medalhas
PAÍS
|
TOTAL
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
NJO
|
Holanda
|
8
|
4
|
2
|
2
|
5
|
Alemanha
|
8
|
3
|
3
|
2
|
5
|
RDA
|
7
|
1
|
4
|
2
|
4
|
URSS
|
5
|
3
|
2
|
-
|
3
|
Canadá
|
3
|
-
|
-
|
3
|
3
|
Noruega
|
2
|
1
|
-
|
1
|
2
|
Áustria
|
2
|
-
|
1
|
1
|
2
|
EUA
|
2
|
-
|
1
|
1
|
2
|
Finlândia
|
2
|
-
|
1
|
1
|
2
|
República Tcheca
|
1
|
1
|
-
|
-
|
1
|
Rússia
|
1
|
1
|
-
|
-
|
1
|
Coreia do Norte
|
1
|
-
|
1
|
-
|
1
|
TOTAL
|
42
|
14
|
15
|
13
|
14
|
Atletas
medalhistas
ANO
|
OURO
|
PRATA
|
BRONZE
|
1960 - Squaw Valley, EUA
|
|||
1964 - Innsbruck, AUT
|
Não concedida
|
||
1968 - Grenoble, FRA
|
|||
1972 - Sapporo, JAP
|
|||
1976 - Innsbruck, AUT
|
|||
1980 - Lake Placid, EUA
|
|||
1984 - Sarajevo, IUG
|
|||
1988 - Calgary, CAN
|
|||
1992 - Albertville, FRA
|
|||
1994 - Lillehammer, NOR
|
|||
1998 - Nagano, JAP
|
|||
2002 - Salt Lake City, EUA
|
|||
2006 - Turim, ITA
|
|||
2010 - Vancouver, CAN
|
A
prova feminina de 3.000m na Patinação de Velocidade talvez seja a que mais
possibilite às competidoras de atingirem uma grande longevidade. Nada menos do
que 10 patinadoras conseguiram chegar mais de uma vez ao pódio olímpico, sendo
que 2 delas obtiveram 3 medalhas. A alemã-oriental Andrea Ehrig-Schöne é a
competidora com melhor desempenho ao somar 3 medalhas, 1 de ouro e 2 de prata,
entre 1976 e 1988. Ehrig-Schöene-Mitscherlich obteve suas medalhas com
sobrenomes diferente. Em 1976 foi medalhista de prata sob o sobrenome
Mitscherlich. Em 1980, ficou fora do pódio, mas em 1984 sagrou-se campeã
olímpica, dessa vez com o sobrenome Schöne. Por fim, em 1988, obteve a medalha
de prata atendendo pelo sobrenome Ehrig. Em segundo lugar aparece outra alemã, Claudia
Pechstein, que também veio da Alemanha Oriental mas que passou a disputar os
Jogos Olímpicos já com o país unificado. Pechstein também soma 3 medalhas, 1 de
ouro, 1 de prata e 1 de bronze. Evoluiu em sua participação, já que ficou em
terceiro lugar em 1994, em segundo em 1998 e, finalmente, em primeiro em 2002.
Poderá obter uma quarta medalha nos Jogos de 2014, em Sochi, na Rússia, pois ainda
se encontra em atividade, aos 41 anos de idade, e ficou em terceiro lugar no
mundial de 2013, disputado na mesma cidade que sediará os próximos Jogos
Olímpicos. Pechstein ficou fora dos Jogos de 2010 por causa de problemas com
exame antidoping. Depois delas, com 2 medalhas de ouro, encontram-se a
soviética Lidiya Skoblikova, campeã em 1960 e 1964, e a alemã Gunda
Niemann-Stirnemann, campeã em 1992 e 1998. Skoblikova obteve e suas vitórias de
forma consecutiva, enquanto Niemann precisou de 6 anos para repetir sua
primeira vitória. Ambas são as únicas patinadoras a terem vencido a disputa em
mais de uma ocasião. A holandesa Stien Baas-Kaiser vem a seguir, com 2 medalhas,
1 de ouro, obtida em 1972, e uma de bronze, conquistada em 1968. Depois dela as
demais competidoras que chegaram ao pódio em mais de uma ocasião não
conseguiram vencer a prova. Com 2 medalhas de prata aparecem a soviética
Valentina Stenina e a holandesa Renate Groenewold. Stenina ficou em segundo
lugar em 1960 e 1964, enquanto Groenewold fez o mesmo em 2002 e 2006. A
austríaca Emese Hunyady conseguiu colocar a nada tradicional Áustria em
evidência ao obter a medalha de prata de 1994 e a de bronze de 1992. Encerrando
a relação de medalhistas, cada uma com 2 medalhas de bronze na prova, surgem a
alemã-oriental Gabi Zange-Schönbrunn, pódio em 1984 e 1988, e a canadense Cindy
Klassen, pódio em 2002 e 2006. A holandesa Ireen Wüst, campeã em 2006, e a
tcheca Martina Sábliková, campeã em 2010, poderão ingressar brevemente neste
seleto grupo após os Jogos de 2014, em Sochi, Rússia.
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