domingo, 20 de outubro de 2013

SKELETON - HISTÓRICO E GENERALIDADES


ORIGEM. O Trenó de Skeleton foi construído pela primeira vez em 1884 por um inglês chamado Shild, em Saint Moritz, Suíça. O Skeleton apareceu nos Jogos Olímpicos em 1928 e 1948. O esporte não teve popularidade até os anos 70, quando ressurgiu na Europa nos anos 70. Em 1985 iniciou-se disputas da Copa do Mundo. Em 2002, o Skeleton retornou ao programa olímpico, com os EUA faturando as 2 medalhas de ouro. 



DEFINIÇÃO. É uma variação do Luge, praticada em trenós feitos de aço ou fibra de vidro, com um carrinho se movendo nas trilhas com um acento que lembra o de remador, no qual o praticante fica de bruços.  O competidor inicia a corrida na posição agachada, segurando o trenó com uma das mãos, depois de passar por uma marca de 15m, na qual se incia a contagem de tempo, ele se atira ao trenó, ajustando-se sobre ele, na posição de bruços. Vence a corrida o competidor que obtiver o menor tempo na soma das 4 corridas.  


REGRAS. O competidor inicia sua corrida em posição agachada, segurando as alças e impulsionando o trenó adiante do gelo. Depois de atingir a velocidade necessária, entre 25 a 40 m, o competidor salta da pista e se lança sobre o skeleton o mais suavemente possível, pousando num selim que fica de 8 cm a 20 cm acima do gelo. Nesse momento, o competidor deve procurar controlar seu deslocamento para não perder velocidade e pousar com o peito e a barriga para baixo, cabeça para frente e braços posicionados contra a lateral do corpo. Os braços devem ficar bem rentes ao corpo para que seja reduzida a resistência do vento. Durante o trajeto, o atleta negocia com a pista, utilizando peso do corpo e se posicionando no trenó. O competidor deve cruzar a linha de chegada sobre o skeleton, sendo considerado o momento em que o capacete atinge a marca de chegada, para que a corrida seja válida. As lâminas não podem estar aquecidas no momento de largada, devendo haver uma diferença de no máximo 4° C da lâmina de referência. 



EQUIPAMENTO.  O trenó de skeleton mede de 80 a 120 cm de comprimento e possui largura que varia de 34 a 38 cm. Possui altura de 8 a 20 cm, e entre as lâminas sua largura varia de 34 a 38 cm. O peso combinado do skeleton e do atleta, com o material completo de corrida não pode exceder os 115 kg para os homens e os 92 kg para as mulheres. O peso sozinho do skeleton para os homens não pode exceder 33 kg e para as mulheres 29 kg. Pesos complementares podem ser adicionados, mas não no corpo do competidor. Os empunhadores devem ser de aço e a distância entre eles deve ser de no mínimo 10 cm e a distância em relação à superfície do trenó deve ser de no máximo 15 cm. Os trenós também possuem pára-choques dianteiros e traseiros para proteger os competidores de choques contra as paredes.  
Os competidores devem vestir capacetes, que são obrigatórios durante as competições e treinamentos e somente aqueles cuja curvatura e estofamento cobrem a cabeça e ao menos a região dos ouvidos. O protetor de queixo, a viseira e os fixadores são os único elementos protuberantes permitidos no capacete, mas não podem ter formatos aerodinâmicos. Os protetores de queixo são importantes porque os competidores ficam com o mesmo a somente 5 cm do solo. Os competidores também se utilizam de calçados que possuem pequenos pregos, que não podem ser maiores do que 5 mm e em quantidade nunca inferior a 250. Eles acabam formando uma espécie de escova que ajuda o competidor a empurrar o trenó com mais velocidade.   
As vestimentas de corrida geralmente são de borracha, rentes ao corpo, não podem ter calças e mangas curtas. E também nenhum elemento aerodinâmico pode ser utilizado na roupa. Se a roupa tem um touca, ela deve ser vestida ou removida completamente da roupa. Pesos complementares podem ser adicionados, mas não no corpo do competidor.



PISTA. A distância da pista deve ser de 1200 a 1650 m, sendo que 1200 m dos quais devem ser em descida. Os últimos 100 a 150 m podem ser com subidas que podem ter curva. O máximo gradiente de acomodação não pode exceder 12%. A pista é rápida e íngreme, com descidas verticais de 116 metros. A velocidade no final devem ser maiores do que 80 km/h. Após a cronometragem no final, a área de parada deve ser reta e sem curvas. O nível de design da pista deve ser de tal forma que o praticante atinja velocidade entre 80-100 km/h após os primeiros 205 metros.
Na área de largada deve haver uma distância de 15 m entre o bloco de largada e a primeira célula foto-elétrica.  Após a primeira célula foto-elétrica a pista deve seguir reta de forma que os trenós possam atingir velocidades de 35 km/h. A distância entre a primeira estação foto-elétrica deve ser de 50 m (tempo de largada).
Particular atenção deve ser dada à superfície de gelo na largada até o início da medida do tempo (50 m), que deverá ser varrida após cada skeleton. A pista deve ser varrida após intervalos regulares. Uma corrida pode ser interrompida por causa de danos na pista, condições ambientais e falha do sistema de cronometragem ou outro equipamento técnico. 



FORMATO DE DISPUTA. As regras se aplicam tanto aos homens quanto às mulheres. No treino oficial só podem participar atletas inscritos para a competição. E durante as competições nenhum competidor poderá fazer corridas de treinamento. Nos Jogos Olímpicos são oferecidas 6 corridas de treinamento. Nas competições olímpicas estão previstas 4 corridas, mas elas podem ser reduzidas em caso de força maior. Um mínimo de duas devem ser realizadas com o objetivo de se determinar um campeão. A ordem de largada no caso de 4 corridas é a seguinte: 

Primeira corrida: do número 1 ao último
Segunda corrida: do 20 ao 1 e do 21 ao último, conforme ranking da primeira corrida
Terceira corrida: do primeiro ao último, conforme ranking das 2 últimas corridas.
Quarta corrida: do 20 ao 1, de acordo com o ranking após 3 corridas

Para ser realizada uma corrida devem haver um mínimo de 6 atletas de um mínimo de 3 nações. Os competidores escolhem a posição em que largarão, obedecendo ao ranking. Todas as corridas devem ser disputadas com o mesmo trenó. Mas se um trenó é danificado, apesar de reparo, poderá ser trocado após permissão do Júri de Arbitragem. Somente lâminas de aço são permitidas pela Federação Internacional. Todos os skeletons devem estar prontos para a corrida até 45 minutos antes da largada, após não pode haver qualquer preparação. A temperatura de referência deve estar dentro do limite de 4°C de diferença em relação às lâminas. Se após uma segunda medição a temperatura excede os 4°C ocorre a desclassificação. 
Os competidores devem estar saudáveis fisicamente e mentalmente. Devem guiar o skeleton com a cabeça para frente e na posição deitada de bruços, apoiados no estômago. A cronometragem é realizada em centésimos de segundo e havendo empate no tempo os competidores ficam com o mesmo ranqueamento. Deve haver 5 tempos de intervalos sendo que o primeiro corresponde ao tempo de largada (50 m). Os outros quatro devem ser distribuídos pelo percurso. Havendo empate de uma corrida para outra, larga na frente o que teve o maior número de largada. Na última corrida, se um competidor cai, não larga ou é desclassificado, ele não recebe uma classificação final. 



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

TOBOGÃ - X - REVEZAMENTO


Campeonatos Mundiais

2011 - Cesana, Itália - 28 a 30 de Janeiro

Posição
País
Atleta
Tempo
Diferença
1
-
-
-
-
2
-
-
-
-
3
-
-
-
-
4
-
-
-
-
5
-
-
-
-
6
-
-
-
-
7
-
-
-
-
8
-
-
-
-

O evento foi cancelado em virtude de problemas técnicos.

2012 - Altenberg, Alemanha - 10 a 12 de Fevereiro

Posição
País
Atleta
Tempo
Diferença
1
ALE
Tatjana Hüfner, Felix Loch, Toni Eggert, Sascha Benecken
2:22.003

2
RUS
Tatiana Ivanova, Albert Demtchenko, Vladislav Yuzhakov, Vladimir Makhnutin
2:22.092
+0.089
3
CAN
Alex Gough, Samuel Edney, Tristan Walker, Justin Snith
2:22.404
+0.401
4
AUT
Nina Reithmayer, Manuel Pfister, Andreas Linger, Wolfgang Linger
2:22.736
+0.733
5
ITA
Sandra Gasparini, Armin Zöggeler, Christian Oberstolz, Patrick Gruber
2:22.746
+0.743
6
EUA
Erin Hamlin, Chris Mazdzer, Christian Niccum, Jayson Terdiman
2:23.168
+1.165
7
LET
Maija Tiruma, Inars Kivlenieks, Andris Sics, Juris Sics
2:23.293
+1.290
8
SUI
Martina Kocher, Gregory Carigiet, Luca Hunziker, Christian Maag
2:24.709
+2.706

2013 - Whistler, Columbia Britânica, Canadá - 30 de Janeiro a 02 de Fevereiro

Posição
País
Atleta
Tempo
Diferença
1
ALE
Natalie Geisenberger, Felix Loch, Tobias Wendl, Tobias Arlt
2:03.826
-
2
CAN
Alex Gough, Samuel Edney, Tristan Walker, Justin Snith
2:04.272
+0.446
3
LET
Eliza Tiruma, Inars Kivlenieks, Andris Sics, Juris Sics
2:04.854
+1.028
4
AUT
Nina Reithmayer, Wolfgang Kindl, Andreas Linger, Wolfgang Linger
2:04.862
+1.036
5
EUA
Erin Hamlin, Chris Mazdzer, Matthew Mortensen, Preston Griffall
2:04.866
+1.040
6
ITA
Sandra Gasparini, Dominik Fischnaller, Christian Oberstolz, Patrick Gruber
2:05.154
+1.328
7
RUS
Alexandra Rodionova, Albert Demtchenko, Vladislav Yuzhakov, Vladimir Makhnutin
2:05.193
+1.367
8
POL
Ewa Kuls, Maciej Kurowski, Patryk Poreba, Karol Mikrut
2:06.337
+2.511

Resumo

Ano
Ouro
Prata
Bronze
2011
-
-
-
2012
ALE
RUS
CAN
2013
ALE
CAN
LET

Quadro de medalhas

País
Total
Ouro
Prata
Bronze
NP
Alemanha
2
2
-
-
2
Canadá
2
-
1
1
2
Rússia
1
-
1
-
1
Letônia
1
-
-
1
1
TOTAL
6
2
2
2
2


A prova de revezamento misto no Tobogã fará sua estreia olímpica em Sochi-2014. A prova icnlui uma descida individual feminina, uma masculina e uma em dupla masculina. O resultado é obtido pela soma dos tempos, que vão sendo registrados conforme o revezamento transcorre. Nos últimos campeonatos mundiais, a prova só não foi realizada em 2011, em virtude de problemas técnicos. Porém, em 2012 e 2013 foi disputada em sua integridade. A Alemanha dominou as disputas, ficando com as 2 medalhas de ouro, sendo campeã tanto em 2012 quanto em 2013. O Canadá, país sem tradição no Tobogã, surpreendeu e ficou com a medalha de bronze em 2012 e a de prata em 2013. A Rússia, com a medalha de prata do campeonato mundial de 2012, e a Letônia, com a de bronze de 2013, encerram a lista dos últimos medalhistas mundiais. A Alemanha é a grande favorita à medalha de ouro para Sochi-2014 e conta com uma equipe espetacular, com destaque para Tatjana Hüfner, Felix Loch e para a dupla Arlt e Wendl. Mesmo se a Alemanha entrasse na disputa com uma segunda equipe, poderia se sagrar campeã. Porém, o regulamento prevê apenas uma equipe por país. O Canadá, que individualmente não chega a ser expressivo no Tobogã, apresentou grande destaque nesta prova e se credenciou a possibilidade de conquistar uma medalha olímpica em 2014. Porém, terão que passar pelos anfitriões russos, que tentarão repetir a incrível façanha do mundial de 2012, quando ficaram na segunda posição. Além da Rússia, a Letônia, bronze no mundial de 2013, aparece como forte candidata ao pódio, mas terá uma acirrada disputa com a Áustria e com os Estados Unidos, respectivamente quarto e quinto colocados no mundial de 2013. Na ocasião, apenas 0.008s separaram a Letônia da Áustria, sendo que os EUA ficaram a apenas 0.012s da medalha de bronze. A Itália possui condições remotas de chegar ao pódio.